quinta-feira, 29 de abril de 2010

THE CRIME PRODUCER


Ainda não sei se ele é culpado ou inocente... só sei que uma amiga, filha, irmã e mãe maravilhosa foi brutalmente assassinada e jogada na fossa. E tudo parece um filme... Monica era popular e querida não só entre os brasileiros que vivem em Los Angeles e frequentam o Zabumba, mas também muitos latinos e americanos. Ela, que já era cidadã americana há muito tempo, conheceu o americano bonitão e altão. Um cara quieto, que não se socializava com os amigos e clientes dela. Perguntei se ela curtia ele ser tão diferente. Ela falou que gostava que ele fosse assim, pois era muito ciumenta e preferia que ele ficasse em casa. Claro, a mulherada não perdoaria... Casaram-se e eu fui madrinha. Era também minha despedida da América e chorei muito. Foi a última vez que a vi. Monica era esperta: descobriu o caso dele com uma colega e expôs os amantes ao ridículo. No fundo, ingênua, acreditou no arrependimento do marido e viajaram para se reconciliar. Ele não gostava do Brasil. Ela propôs Dubai, mas ele logo apareceu com reservas para Cancun. Nos Estados Unidos há muita propaganda contra viagens ao México. Estatísticas mostram que, na última década morreram ou desapareceram mais de 200 americanos por ano no País. Cenário perfeito? O casal brigou muito durante a viagem. Testemunhas ouviram gritos, mas a recepção acreditou quando ele disse que tudo estava bem. Onde estariam as crianças nessa hora? Ele é enorme, mas ela também era muito forte e com certeza lutou muito. Após esconder o corpo, declarou a mulher desaparecida. levou as crianças para Los Angeles e voltou. Ele, que era um nada em Hollywood, agora está famosão. O assassino ainda não está preso e provavelmente teremos que esperar por julgamento complicado e muito buxixo nas revistas e sites de fofocas de Hollywood. As crianças estão com os pais dele, americanos, que dificultam as visitas dos parentes da mãe. No fundo, gostaria que ele fosse inocente. O lugar dela atrás do balcão ficou vazio, assim como nossos corações. Não vamos esquecer. Descanse em Paz, amiga. Escolhi a foto mais bonita que achei. Você foi demais!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

WELCOME TO VERAHELL

Essa empresa sueco-finlandesa, que se instalou aqui no extremo sul da Bahia desde 2003, é a maior produtora de polpa de celulose do mundo. O tour "Verahell" começou cedo pela estação ecológica em Porto Seguro. Essa unidade de preservação, pesquisa e educação ambiental recebe estudantes, pesquisadores, que catalogam e monitoral as espécies locais. Depois de fazer a trilha ecológica fomos para o berçário dos eucaliptos em Eunápolis, onde mais de 3 mil mudas são produzidas por dia graças a movimentos repetitivos das mãos de funcionários silenciosos. Na floresta de eucaliptos, colheitadeiras operadas por jovens rapazes cortam uma média de 100 árvores por hora. Esse trabalho é concorrido: o salário base é inédito na região. Os benefícios idem. O plano de carreira inclui LER (lesão por esforço repetitivo), afastamento do trabalho com perda significativa dos benefícios e das perspectivas. As instalações da fábrica são dignas de um filme de ficção científica. A 80 metros de altura fica a torre, de onde se vê todos os setores da fábrica, o pobre do Rio Jequitinhonha, infinitas plantações de eucalipto e nada de Mata Atlântica. Muitas chaminés soltam muita fumaça branca e fedorenta. Uma montanha de serragem com 50 metros de altura e resíduos. Muito ruído. Muitas canaletas escoam caldos químicos fumegantes.
Poluição é algo que conheço bem e deixei na Paulicéia há 15 anos. A tecnologia mecânica industrial escandinava encontrou no sul da Bahia recursos e facilidades abundantes para abastecer o mercado europeu.
Como que Freddy Krueger invadindo o cenário de Blade Runner, o panorama das florestas em mosaico com árvores idênticas simetricamente dispostas é desolador. Não se vê um inseto, réptil, pássaro, nada, e os clones, que na Europa levam em média 30 anos para amadurecer, no Brasil atingem a espessura ideal em apenas 8.
O visual arrojado da "planta" e a oferta de emprego com benefícios nunca vistos por aqui são fruto da exploração das nossas riquezas naturais e da mão-de-obra mais barata e desinformada do mundo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

UPS AND DOWNS




DOWN - Aquela virose me deixou, finalmente. Acho que perdi uns 2 quilos e ainda estou com o estômago sensível. Meio fraca, não consegui malhar e faltei à academia 2 semanas.


UP UP UP - Mesmo assim, não perdi os shows do Festivel de Música de Porto Seguro. Elza Soares e Titãs foram substituídos por Guilherme Arantes e Daniela Mercury. Fui para sambar com Elza doidona mas revivi momentos românticos com Guilherme Arantes. Como era bom dançar lenta com o paquerinha, não era? Vou tentar postar o vídeo aqui. No dia dos Titãs me vesti como roqueira paulistana, mas o rock foi substituido pelo axé pop da Super Daniela Mercury, cujo primeiro show em Sampa presenciei no anfiteatro da USP. Eu ia todo domingo ver a gravação do "Bem Brasil" da TV Cultura lá na USP. Eu queria muito lembrar quem estava comigo no dia que foi a Dani, porque nesse dia tinha tanta gente que não conseguímos assistir o show. Era gente empoleirada em árvores e nos prédios próximos para ver a baiana que já tinha estourado nas rádios com o "Suingue da Cor". Dessa vez a gente ficou lá atrás e apenas curtimos o som. Escutamos o apresentador pedir`que as pessoas descessem dos prédios. A Cidade Universitária tem vários daqueles prédios loucos do Niemeyer, contruídos nos desníveis do terreno, o que possibilitava sua "escalada". O anfiteatro da USP era pequeno, mas aberto e com grama e arborizado ao redor. Ali assisti Alceu Valença lançar o sucesso "Belle de Jour" e fiz minha primeira entrevista com Margareth Menezes que era mais conhecida fora do Brasil. A TV Cultura passou a gravar o "Bem Brasil" no Sesc Interlagos e acabou com os shows ao vivo de domingo da minha turma. Pedalar de Osasco a Interlagos era impossível para nossas Calois e Monarks 10 marchas. A USP era "point" nos anos 80 e 90: Sexta, sempre tinha alguma festinha em alguma faculdade ou fraternidade. Aos domingos as pessoas iam soltar pipa, andar de bike, caminhar, patinar, fazer piquenique, etc. e à tarde era ótimo para paquerar. O cachorro quente era o máximo, tinha até catupiry. Pipoca com queijo provolone também era um bom motivo para passar por lá. Cheguei a estudar lá e até andei de caiaque na raia. Do outro lado do Rio Pinheiros era um terrenão abandonado. Haviam rampas de terra onde se praticava motocross. Uma vez encontrei Gene Fireball treinando saltos na "mesa". Depois da inauguração do Parque Villa Lobos a USP foi fechada para o público em geral. Obrigada Guilherme Arantes e Daniela Mercury por me fazerem lembrar dessas "aventuras".




DOWN, MUITO DOWN - Jô Soares traz Xitãozinho e Xororó. 20 anos de carreira deveriam impor respeito, mas a musiquinha... se eu fosse peão ia ficar revoltada: "Agora é que a banana vai comer o macaco". Que refrão infeliiiiiiiz.

NOVEMBER RAIN


Quase nada de chuva em novembro. Dia 1 ajudei na produção do Halloween das Crianças do meu bairro. Foi trabalhoso, mas os monstrinhos merecem e o bairro arrecadou um dinheirinho para reformar nossa praça. Ia comentar sobre o poder público local mas decidi que ninguém merece isso. A festa das bruxas foi uma das melhores que já vi ao vivo ou em filmes. Monstros, bruxas, fadas, princesas, heróis e muitos outros bichos do mundo real e imaginário ali se reuniram no final da tarde. Pularam, dançaram, brincaram e caçaram tesouros escondidos. Todos desfilaram encarnando o personagem. No final oferecemos um brinde para quem ajudasse a limpar a praça, que ficou impecável graças à colaboração dos monstrinhos. E comi várias coisinhas lá: cachorro-quente, torta salgada, muito refri (porque estava calor). Na manhã seguinte acordei mal. Uma nova virose, que me atacou o fígado e o estômago, me obrigou a fazer dieta por uma semana.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

BENVINDOS!

Peguei uma gripe braba há um mês e ainda estou me recuperando... Se foi a suína, não sei. O serviço de saúde por aqui não se interessou pelo meu caso.
Continuo editando as notícias culturais da região no site www.costadodescobrimento.com.br
se vc é de Belmonte a Caraíva, mande as novidades que eu publico.
Aqui chove desde ontem. Saí embaixo de chuva daqui para ir a Porto Seguro entregar um projeto cujo prazo vencia hoje. Vesti até o rainsuit que não usava desde a faculdade em Sampa. A Estrada da Balsa continua alagando perto da Padaria Folliatta. Ninguém vai arrumar aquilo nunca?
A Balsa da 1:15 estava saindo e ameaçou voltar, mas não parou. Meu medo foi derrapar naquela rampa lisa (isso já aconteceu). Dentro da balsa esquentou e arranquei o macacão de motoboy.
Eu tinha planos de ficar para o cinema às 19h, mas fui vestida para frio e fez o maior calor... Passei no Centro de Cultura onde vivi o melhor momento de hoje: As aulas de canto e flauta-doce para crianças. Um bálsamo para a alma num dia meio bobo.
Resolvi o que precisava (aeroporto, Secretaria de Cultura e correio) e encaminhei meu primeiro projeto individual para a Funarte. Agora é torcer! Apressada para pegar a balsa quase atropelei 2 ciclistas. Em Arraial formaram-se poças enormes, daquelas que o carro passa e dá um banho no pedeste (lembre-se que não há calçadas e quando há, não usam). Coitadinhos dos romeiros acampados no Parque Central. Ainda mais que depois da chuva, vem a lama...